Por que evitamos as cirurgias posteriores?

A cirurgia de coluna sempre causou muito medo nos pacientes. Os maus resultados são bastante descritos e divulgados. As queixas vão desde a dor crônica pós-operatória até o medo de ficar sem movimentos.

Numa artrodese por exemplo (cirurgia posterior, paciente deitado de bruços) para chegarmos até o disco que é a fonte do problema, temos que afastar músculos e nervos. Trabalhos mostram que muitos dos maus resultados atribuídos a cirurgia de coluna aconteciam justamente neste momento de afastamento destas estruturas. Portanto, esta manipulação, necessária nas cirurgias posteriores, é que pode causar lesão dos nervos com perda de movimentos, pode deixar fibrose nos nervos com aracnoidite e também fibrose da musculatura, que são lesões dolorosas, muitas vezes sem tratamento eficaz.

Baseado nesses casos, e como uma alternativa a eles, foram desenvolvidas técnicas de cirurgia anteriores (o paciente está deitado de costas), ou anterior/lateral (o paciente fica deitado de lado). Estas cirurgias feitas pela parte anterior e lateral da coluna nos permitem acessar o disco e realizar a cirurgia de artrodese sem a necessidade de manipulação dos nervos no canal medular e também sem descolar a musculatura posterior produzindo fibrose.

A técnica de descompressão indireta, que se realiza pela frente da coluna, é que permite a utilização das cirurgias anteriores ao invés das posteriores.  Somente nas posteriores é que precisávamos abrir o canal onde estão os nervos para realizar a descompressão.

Estas técnicas, conhecidas como MINIMAMENTE INVASIVAS DE ACESSO LATERAL (XLif e LLif) e /ou ACESSO ANTERIOR (ALif) evoluíram intensamente nos últimos anos reduzindo os riscos tão temidos pelos pacientes. São, portanto, boas alternativas às cirurgias feitas pela parte posterior da coluna que vem sendo realizadas da mesma maneira há muitos anos.

 

“Durante meu treinamento nos Estados Unidos comprovei os benefícios da cirurgia mini-invasiva comparadas as técnicas tradicionais. A evolução da cirurgia e a possibilidade de maior segurança ao paciente me fazem optar sempre pelas técnicas mini-invasivas.”

 

 

 

 

 

 

 

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